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A disciplina ou a indisciplina?


Pessoal, recebi esta mensagem da Ana, mãe da minha querida aluna Ana Beatriz. Achei muito sensato, dividí-la com vocês, já que, como mães e educadoras, somos duplamente afetadas por esta realidade. Como educar? Como ser mãe e pai na atualidade?


Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.

O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos...

Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos.

Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.

E, o que é pior, os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam (às vezes sem escolha...) que nossos filhos nos faltem com o respeito.

À medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.

Mas, à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.

E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, que os patrocinem no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer; os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para ser os melhores amigos e "dar tudo" a seus filhos.

Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.

Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.

Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade.

É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.

Os limites abrigam o indivíduo.

(Monica Monasterio (Madrid-España)

5 carinhos recebidos:

Tia Rose® disse...

Passei pra desejar uma semana de alegria e desejar toda sorte de bênçãos sobre sua vida

Acabei de atualizar os blogs com novas postagens

Beijos docinhos

23 de junho de 2008 às 21:39
RECOMEÇAR SEMPRE disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RECOMEÇAR SEMPRE disse...

Passei pra desejar um final de semana alegre.
Acabei de atualizar os blogs com novas postagens.
Bjinhuxxxxxxxxx

27 de junho de 2008 às 12:00
Anônimo disse...

Essa msgem vem de encontro ao tema de nossa última reunião do semestre... "Limites"! Obrigada por compartilhar conosco tão rico material! Bjs valéria

28 de junho de 2008 às 22:24
maris disse...

ADOREI SEU BLOG!´parabéns!

30 de setembro de 2009 às 15:52

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